Lindo. Espetacular. Fascinante. Todo superlativo parece pouco para definir o Yellowstone National Park, no oeste americano. Durante meu roteiro pela região, cansei de repetir o quanto estava embasbacado com tamanha beleza.
Sério: como jornalista de viagens há mais de 20 anos, já tive a oportunidade de passar por mais de 50 países e visitei muitos lugares incríveis no próprio EUA, como Alasca, Havaí e Yosemite, mas poucos me surpreenderam tanto quanto a "casa do Zé Colmeia".
O que mais me encantou por lá, sem dúvida, foi a variedade de atrações. Em diversos lugares do mundo há parques em que você encontra cachoeiras belíssimas, como as Cataratas do Iguaçu. Em outros. destacam-se lagos, cânions, montanhas, florestas ou a presença de animais selvagens. O lance de Yellowstone é que ele tem tudo isso e muito mais, com o plus de abrigar piscinas termais coloridas raramente encontradas em outros lugares e mais da metade dos gêiseres ativos do mundo.
Tá bom ou quer mais? Se quiser, vem que tem!
Em um roteiro de três dias em Yellowstone, por exemplo, você tem a oportunidade de visitar atrações incríveis, como a Grand Prismatic Spring, piscina termal com cores alucinantes, o gêiser Old Faithful, com erupções rotineiras e jatos d'água que atingem 45 metros de altura, o Yellowstone Grand Canyon, dono de paredões amarelados por onde despencam cachoeiras, e o Yellowstone Lake, marcado por paisagens que ostentam águas cristalinas cercadas de picos cobertos de neve.
Não foi à toa também que Yellowstone inspirou o nome do parque do Zé Colmeia – o famoso Jellystone do desenho animado. Afinal, o que não faltam por lá são animais selvagens, como bisões, veados, cervos, alces, cabras, raposas, lobos e, como não poderia deixar de ser, ursos (tanto pardos, chamado por lá de grizzlies, como pretos, os black bears). O Lamar Valley, o Blacktail Plateau e o Hayden Valley são ótimos destinos para observá-los.
Dessa forma, as principais atrações de Yellowstone são:
Diante de todas essas atrações, que não estão listadas pela ordem de preferência, e sim num sentido lógico (falarei sobre isso mais abaixo), muita gente acha que é complicado visitar Yellowstone. Garanto, porém, que é mais fácil do que parece. Aqui, vou ajudá-lo a explorar essa maravilha da natureza sem qualquer tipo de perrengue, indo às melhores atrações ao longo de roteiros lógicos e com diversas dicas.
Antes disso, porém, é preciso entender onde fica Yellowstone, porque ele é tão especial, como chegar lá e onde ficar. Tudo isso fará sua experiência ficar muito melhor. Vem comigo, pois o que mais quero é que você volte de lá tão embasbacado quanto eu.
Geograficamente, o Yellowstone National Park (Parque Nacional de Yellowstone) está situado sobre a caldeira de um supervulcão, cuja última erupção ocorreu há cerca de 640 mil anos. Hoje, o local é tomado por vales e montanhas verdejantes no verão e branquinhas de neve na maior parte do ano, além de lagos, cachoeiras, gêiseres e piscinas termais com cores vibrantes provocadas pela presença de microrganismos pigmentados.
A biodiversidade de Yellowstone impressiona a todo estande. Ao rodar poucos quilômetros, você parece viajar de um mundo para outro, passando por bosques de pinheiros, planícies abertas e áreas relativamente secas. Por todos os lados, há muita vida animal, com pássaros, bisões, alces, cervos, veados, lobos e ursos pardos e pretos.
Eu vi um grizzle, por exemplo, assim que passei pela entrada West, todo pirilampo, ao lado da estrada. E é bom estar preparado, pois é mais ou menos assim que funciona por lá. Quando você vê gente estacionada e com câmeras na mão, já vá parando e sacando câmeras e binóculos (item fundamental), pois a chance de ter um animal por perto é grande.
Por conta de todas essas características geográficas espetaculares, Yellowstone se transformou no primeiro parque nacional do mundo. Ele foi criado em 1º de março de 1872 pelo então presidente dos EUA Ulysses S. Grant.
Sua fundação marcou o início de um movimento global de preservação de áreas naturais que deu vida a todos os outros parques nacionais do mundo. Até 1917, Yellowstone era gerido pelo exército dos EUA. Desde então, o Serviço Nacional de Parques ficou responsável pela administração local. Hoje, quem vai até lá encontra muitos rangers, que dão orientações precisas e, em geral, recebem os visitantes com bastante simpatia.
Série de TV
Talvez você conheça a série de TV Yellowstone, que já teve Kevin Costner no elenco. A história tem como base o fictício rancho Dutton, em Montana. Na trama, ele fica bem próximo do parque nacional, o que permite vislumbrar pela telinha algumas das lindas paisagens locais, embora o série não tem como intuito explorar as atrações turísticas. O enredo está mais ligado a temas como preservação da terra, conflitos de propriedade e o dilema entre a conservação e o desenvolvimento.
O Yellowstone National Park se estende pelos estados de Wyoming, Montana e Idaho, no oeste dos EUA. A maior parte das atrações turísticas se concentra em Wyoming.
Repare no mapa acima que a área mais visitada do parque forma uma espécie de número "8" (memorize isso, pois vou mencionar bastante abaixo), que é contornado por uma estrada chamada Grand Loop Rd. Assim, tudo que você precisa fazer ao visitar a região é trafegar por ela de carro ou motorhome, em qualquer sentido, para chegar às principais atrações de Yellowstone.
O melhor de tudo é que os pontos turísticos mais famosos ficam a distâncias curtas de carro ou motorhome, de no máximo meia hora. É prático ir a todas elas e, a não ser que você queira se embrenhar em locais mais ermos (neste caso, nem sonhe em ir até lá sem um spray de urso), nem é preciso encarar longas trilhas. A maior parte das grandes atrações fica ao lado da estrada e é acessível para pessoas de todas as idades.
Yellowstone conta com cinco entradas. A área norte do "8", chamada de Upper Loop, abriga duas delas, a norte e a noroeste. Na parte inferior do "8", a Lower Loop, estão as outras três: leste, sul e oeste.
As entradas mais populares e usadas pelos brasileiros são a sul (vindo de Jackson Hole, a norte (para quem chega ou se estabelece em Bozeman ou Gardiner) e a Oeste (onde está West Yellowstone).
O ingresso para entrar no Yellowstone National Park é cobrado por veículo (e não pela quantidade de pessoas dentro dele) assim que você chega a uma das entradas e vale por sete dias. Veja os valores (2024):
Caso pretenda visitar mais de um parque nacional durante a viagem para os EUA, vale considerar a compra do passe anual que garante a entrada em todos eles e custa US$ 80.
Com um carro alugado ou motorhome, você não terá mais despesas para visitar as atrações (apenas com hospedagem, alimentação, combustível e compras). Quem não dirige ou deseja fazer excursões privadas, porém, encontra boas opções à disposição. Aqui, você confere os melhores passeios guiados a partir das principais cidades usadas como base nos arredores de Yellowstone.
Já comprou seguro viagem? Use o cupom ROTADEFERIAS15 para ganhar 15% de desconto.
Para os brasileiros, o jeito mais rápido de chegar a Yellowstone é voando até:
Em ambos os casos é preciso fazer ao menos uma conexão em outra cidade americana, como Chicago, Nova York, Atlanta ou Dallas.
Vale dizer ainda que o aeroporto mais próximo do parque nacional é o de West Yellowstone, que fica a apenas 20 minutos de carro da entrada oeste. Chegar até lá partindo do Brasil, porém, não é muito prático, uma vez que ele funciona apenas entre maio e setembro e exige, no mínimo, duas conexões (a segunda delas em Salt Lake City, capital de Utah).
Uma opção neste caso é eliminar o último voo e dirigir por cerca de 4h45min entre Salt Lake City e West Yellowstone. Isso pode ser interessante para quem pretende conhecer outros destinos nos arredores.
Seja qual for sua escolha, minha dica é consultar as melhores rotas e os valores em um desses metabuscadores que fazem pesquisas em diversas companhias aéreas de uma vez, já que as possibilidades de trajetos são bem variadas. Eu costumo usar o da Vai de Promo, pois acho o site confiável e sempre encontro boas ofertas por lá.
É fundamental alugar um carro ou motorhome na hora de visitar Yellowstone. Em todos os aeroportos nos arredores, como os de Jackson Hole, Bozeman, West Yellowstone e Salt Lake City, há diversas locadoras disponíveis.
Eu cheguei por Bozeman e aluguei, no buscador da Mobility (onde encontrei os melhores preços e excelentes condições de seguro e motorista adicional), um sedã na Alamo. Foi muito prático. Fiz todo o check in no dia anterior pela internet e, uma vez na loja do aeroporto, tive apenas que assinar rapidamente alguns documentos eletrônicos, sem que eles tentassem me vender mais nada. Recomendo bastante.
Caso encare a viagem de motorhome, o que também deve ser o máximo, minha dica é falar com o pessoal da Motorhome Trips. Eles organizam todo o roteiro antes mesmo de você no Brasil e ainda dão suporte durante a viagem. Entre em contato e mencione o cupom ROTADEFERIAS para garantir descontos.
Os melhores períodos para visitar o Yellowstone National Park são as primeiras quinzenas de junho e setembro, quando a temperatura costuma ser agradável, as principais estradas estão abertas, os preços não ficam tão proibitivos e, acima de tudo, não é época de férias escolares, o que significa menos gente nos pontos turísticos.
Eu fui no meio de junho e adorei. Estava começando a encher de gente, mas o clima permaneceu ameno, com bastante sol e média de 17ºC. As paisagens, por sua vez, saltavam aos olhos com a presença de neve no pico das montanhas em meio ao céu azul e os vales verdejantes.
Por conta de tudo isso, ao planejar sua viagem para lá, vale a pena ter em conta o quanto Yellowstone se transforma ao longo das estações. Confira:
Escolher bem onde se hospedar é o grande desafio na hora de montar um roteiro em Yellowstone. Isso porque você pode estabelecer uma única base, o que te obrigará a ir e voltar todos os dias para o mesmo hotel, perdendo assim um tempo precioso, ou ficar em dois ou mais hotéis ao longo do trajeto, o que dá um trabalhinho, mas faz mais sentido. Eu optei por essa segunda estratégia e achei perfeito.
Antes de dar dicas de hotéis e do roteiro propriamente dito, porém, é válido saber que existem opções de hospedagem dentro e fora dos parques. Veja como funciona e as diferenças.
Dentro do parque, existem diversas opções de lodges, que oferecem desde cabines até quartos simples e luxuosos. Eles ficam espalhados por cinco bases:
As acomodações de todos esses hotéis, sejam quartos, sejam cabines, são caras e precisam ser reservadas com antecedência de meses no site oficial, sobretudo no verão americano. Em compensação, oferecem contato direto com a natureza e grandes comodidades. O Old Faithful Inn, por exemplo, fica tão grudado em uma das maiores atrações de Yellowstone, o gêiser Old Faithful, que alguns de seus quartos oferecem vista para a maravilha natural.
Eu passei uma noite no Canyon Lodge & Cabins e gostei. O quarto era simples, mas confortável. Fiquei lá porque fazia sentido no meu roteiro, uma vez que chegaria muito tarde no lado leste do parque e as opções fora do parque, ali perto, são escassas. Além disso, foi onde encontrei melhores preços entre os lodges que ficam do lado de dentro.
Aqui, vale dizer que, invariavelmente, você passará por um ou mais desses hotéis ao longo do roteiro em Yellowstone, mesmo que não se hospede neles. Isso porque é nas cinco bases onde estão os lodges que ficam, também, todos os restaurantes dentro do parque, bem como as lojinhas, os postos de combustível e os centros de visitantes, onde há banheiros, mapas e orientações gerais.
Acabei visitando todos esses complexos, para te orientar da melhor forma possível. O Old Faithful Inn vale a parada porque é praticamente um ponto turístico, com um lobby fantástico construído em madeira e que destaca um grande relógio em uma colunata de pedra. De seu pátio, basta caminhar por cerca de 100 metros para avistar o gêiser Old Faithful.
O Lake Yellowstone Hotel também é bacana. É dele, inclusive, que se tem as melhores vistas do Yellowstone Lake, um dos pontos turísticos do parque.
O Mammoth Hot Springs Hotel & Cabins, por sua vez, fica ao lado do melhor Visitor Center (Centro de Visitantes) de Yellowstone. Uma dica aqui é usar o banheiro do lobby, limpo e quase sempre vazio. Além disso, essa é a única área em todo o parque com acesso liberado à internet (desde que você tenha um eSim ou chip de viagem).
Vale dizer ainda que há muitos campings dentro de Yellowstone. Assim como os hotéis, é mais do que indicado reservá-los com antecedência de meses no site oficial.
Ficar nos hotéis fora do parque é uma boa alternativa para economizar alguns dólares, embora você perca um pouco mais de tempo com deslocamentos e não vive a experiência de dormir em meio à natureza. O bom é que não faltam opções próximas a diversas entradas de Yellowstone, o que facilita bastante o planejamento do roteiro.
Veja alguns hotéis interessantes que servem de base para quem visita Yellowstone.
Entrada Sul
Entrada Norte
Entrada Oeste
Ao viajar para destinos como Yellowstone ou outros pontos turísticos dos EUA, não deixe de fazer um seguro viagem. Afinal, os custos com saúde fora do Brasil costumam ser caríssimos e todos estão sujeitos a imprevistos. Isso sem contar problemas como extravio de bagagem e voos cancelados.
Mais para baixo, vou deixar outras dicas de procedimentos de segurança, também, caso queira entrar em trilhas. É altamente recomendável estar acompanhado e carregar um spray de pimenta para ursos, por exemplo.
Minha sugestão é, ainda no Brasil, entrar no comparador online da Seguros Promo, que vasculha as principais seguradoras de viagem em busca dos melhores preços, sem que você precise ficar entrando no site de cada uma delas. É uma mão na roda, eu não viajo sem fazer isso.
O grande lance é que você economiza e ainda ganha um tempão na hora de fechar o seguro viagem. Depois de fazer sua escolha, use o cupom ROTADEFERIAS15 na caixa "Cupom de desconto" e ganhe 15% de desconto.
Dentro do Yellowstone National Park praticamente não funciona internet, a não ser nos hotéis (com senha para os hóspedes) e no Visit Center do Mammoth Hot Springs Hotel & Cabins, onde é livre.
Para acessar ali e nas cidades dos arredores, entretanto, você precisará de um eSim ou um chip de internet. Ficar conectado é imprescindível por vários aspectos: comunicação, segurança e praticidade. Nunca se sabe quando você precisará falar com alguém, consultar algum endereço, resolver algum problema ou garantir alguma reserva.
Existem várias opções no mercado, mas o serviço que eu mais gosto é o chip de viagem da Seguros Promo. Primeiro porque funciona bem na maioria dos lugares (em todo o mundo), e segundo porque o atendimento é ótimo. Eles têm até chips virtuais (eSim), o que facilita muito a vida na hora de instalar no telefone e usar. É realmente prático.
Não se esqueça de consultar os preços e contratar seu pacote antes de viajar. Negociei com eles, inclusive, um desconto de 15%. Basta usar o cupom ROTADEFERIAS15 para garantir o seu.
Três dias é o mínimo que indico para montar um bom roteiro em Yellowstone. Se puder ficar mais, melhor. Menos, já acho corrido. Até rola, mas não dá para curtir o parque em sua plenitude.
Como mencionei acima, há quem prefira ficar em um único hotel e, todos os dias, ir e voltar para a mesma base. Até dá para fazer isso, mas considere que você perderá um bocado de tempo e passará muitas vezes no mesmo lugar, de forma desnecessária. Por isso, minha recomendação é ficar em dois ou três hotéis ao longo do trajeto, fazendo um circuito lógico pelo tal do "8", que é percorrido pela estrada Grand Loop Rd.
Para quem vai de motorhome, a lógica é mesma e até mais óbvia. Há muitos campings dentro e fora do parque ao longo do trajeto.
Vou detalhar cada atração de Yellowstone mais abaixo, mas antes vou indicar, em um sentido lógico, a ordem dos pontos turísticos que você deve priorizar a partir das entradas do parque mais usadas como base pelos brasileiros. Bora lá!
Obs: foi este que eu fiz.
Dica: use este comparador online para alugar carro em Yellowstone.
Confira em detalhes como são as principais atrações de Yellowstone. Elas não estão listadas por ordem de grandeza, mas num sentido lógico conforme surgem caso você percorra a Grand Loop Rd no sentido horário a partir do Old Faithful.
Como explicado acima, você pode começar em qualquer outro ponto e até rodar pelo sentido inverso, não tem problema. O que importa é planejar o roteiro para conhecer todos esses pontos turísticos.
Uma das atrações mais populares de Yellowstone, embora não a minha preferida, o Old Faithful é um dos gêiseres mais famosos e previsíveis do mundo, com erupções a cada 90 minutos, mais ou menos. O grande barato é que elas chegam a alcançar até 56 metros e duram entre dois e cinco minutos.
O nome Old Faithful (Velho Fiel) vem, justamente, de sua regularidade nas erupções. Nos arredores dele, começa a trilha que serpenteiam o Upper Geyser Basin, onde fica outro ponto turístico imperdível: a Morning Glory Pool.
A Upper Geyser Basin está conectada ao Old Faithful e consiste em uma área que concentra 25% dos gêiseres de todo o mundo – são mais de 100. Ao caminhar por uma plataforma de madeira, num trajeto plano, dá para observar de perto todos eles.
O Beehive Geyser, um dos mais próximos ao Old Faithful, estava ativo quando eu passei por lá. O espetáculo é fantástico, com jatos d'água sendo cuspidos com muita força. Depois dele, vale a pena observar com atenção o Castle Geyser, o Daisy Geyser e, principalmente, o Grotto Geyser, que não para de soltar vapor.
O grande destaque da Upper Geyser Basin, no entanto, é a Morning Glory Pool, que está bem no fim da trilha. De um verde espetacular circundada por uma borda amarela, esta piscina termal pode ser vista bem de perto, a partir de uma plataforma que permite ótima observação do alto.
Curiosamente, as lindas cores da piscina, formadas pela presença de bactérias termofílicas, eclodiram para valer a partir da década de 1950 graças a um fato triste. Ao longo do tempo, visitantes jogaram uma série de itens dentro da Morning Glory Pool, como toalhas, lençóis, meias e, principalmente, toalhas.
Hoje, o vandalismo é expressamente proibido em todas as atrações de Yellowstone. Respeite, pois não são poucos os casos de quem tenta burlar as regras e sai preso de lá.
A região da Biscuit Basin fica bem pertinho da Upper Geyser Basin. O grande destaque da área é a Sapphire Pool, piscina termal com um azul bem intenso.
Ao lado da Sapphire Pool está o Jewel Geyser, com erupções rotineiras a cada nove minutos ou até menos. O grande barato é que dá para fotografar ou filmar bem de pertinho.
Esta é, para mim, a atração mais sensacional de Yellowstone. A Grand Prismatic Spring é a maior piscina termal dos Estados Unidos, com aproximadamente 112 metros de diâmetro e uma profundidade de 37 metros.
As cores vibrantes, que variam do azul profundo ao centro ao vermelho nas bordas, são provocadas por diferentes espécies de bactérias, que prosperam em várias temperaturas. A temperatura da água ali pode chegar a 70°C.
Na hora de planejar o roteiro, saiba que dá para ver a Grand Prismatic Spring de diversos ângulos, sendo que dois deles são "obrigatórios". Eles ficam em pontos diferentes, embora próximos, e você terá que ir de carro de um para o outro.
O primeiro é a partir da entrada oficial da Midway Geyser Basin, a área em que ela fica e que concentra, também, o Excelsior Geyser. Ali, você caminha por uma trilha curta e plana até avistar a piscina termal bem pertinho, mas com uma visão baixa e limitada, em meio a muito vapor e a vermelhidão intensa provocada pelos microorganismos em sua borda.
A melhor forma de observar a Grand Prismatic Spring, porém, é do alto, a partir de uma plataforma situada no meio de uma trilha que leva, também, às quedas d'água Fairy Falls. Logo no começo da caminhada, dá para ver, de longe, as fumaças com reflexo colorido formadas pela alta intensidade do vapor.
É ao alcançar a plataforma de observação, porém, que você tem a noção completa de toda a magnitude da Grand Prismatic Spring. É incrível, não dá vontade de ir embora.
Se você for ver de perto a Grand Prismatic Spring, na Midway Geyser Basin, fatalmente passará pelo Excelsior Geyser. Ele fica no começo da trilha, que é bem levinha.
Trata-se de uma piscina termal impressionante que, há muito tempo, formava um dos gêiseres mais poderosos de Yellowstone. Suas erupções no final do século 19 transformaram o local em uma piscina fervente, que lança mais de 15 mil litros de água quente por minuto no Rio Firehole. Dá para ver o vapor de longe, desde a estrada, e em alta intensidade. A paisagem é surreal
De um azul cintilante, o Excelsior Geyser pode atingir temperaturas de até 93°C. Ele está há muito tempo adormecido, mas é imprevisível e pode, sim, entrar em erupção a qualquer momento.
A Lower Geyser Basin é o maior barato. Nesta área, que fica perto da Grand Prismatic Spring, basta caminhar por uma passarela plana para avistar de perto diversas piscinas termais e gêiseres. Fica tão perto da estrada que, ao passar por lá de carro, já dá para avistar algumas maravilhas ideais. Mas vale a pena estacionar, claro, e ver tudo de pertinho.
As principais atrações da área são a Celestine Pool, de um azul inacreditável, a Silex Springs, outra piscina termal azulzinha, que rende lindas fotos, e o Fountain Paint Pot, um gêiser com lama clara que borbulha sem parar, feito um caldeirão com água fervendo.
Estique o passeio para avistar de perto alguns outros gêiseres locais, que vivem ativos. Um dos que mais curti foi o Clepsydra Geyser, situado ao lado de vários outros menores e bem "nervosinho".
Esta não é uma atração obrigatória de Yellowstone, digamos assim, mas é tão fácil de ver, que vale a pena. Localizadas no Rio Gibbon, as Gibbon Falls caem de uma altura de cerca de 25 metros. A plataforma de observação da cachoeira fica grudada na estrada e oferece uma vista panorâmica deslumbrante das águas, que despencam sobre um penhasco íngreme.
Longas filas se formam no estacionamento da Norris Geyser Basin na alta temporada, mas confesso que não colocaria a atração entre minhas prioridades. Vale incluir no roteiro? Sem dúvida. Mas depois de garantir que terá tempo de ir a outros pontos turísticos nos arredores.
A área é dividida em duas: a Porcelain Basin, que tem uma trilha de 1,7 km e conta com algumas piscinas termais, e a Back Basin, repleta de gêiseres, com destaque para o Steamboat Geyser. Este último eu curti visitar, pelo fato de que ele vive fumegando e, quando entra em erupção, é atualmente o mais alto do mundo, com jatos que podem alcançar até 91 metros. Incrível.
Infelizmente, o Steamboat Geyser é imprevisível. Quando fui lá, ele tinha entrado em erupção numa madrugada, um mês antes. Mas uma placa na região informa que o fenômeno pode acontecer a qualquer momento ou demorar décadas. Não dá para saber.
Primeira atração para quem chega pela entrada Norte de Yellowstone, as Mammoth Hot Springs são conhecidas por suas formações de travertino, criadas ao longo de milhares de anos pela deposição de carbonato de cálcio. As fontes termais formam terraços brancos deslumbrantes ao longo de um monte, com águas quentes e minerais que esculpem camadas delicadas e belíssimas nas rochas.
A área é dividida em Lower Terraces e Upper Terraces, que se conectam por trilhas que formam uma longa escadaria.
As Lower Terraces ficam na parte inferior, ao lado do Visitor Center e do Mammoth Hot Springs Hotel & Cabins. Em meio a extensa teia de plataformas monte acima, a região que eu mais gostei foi a Pallete Spring, situada pouco acima do Minerva Terrace.
Caso continue subindo, você chegará ao Overlook dos Upper Terraces, de onde se tem uma linda vista da região.
Se não quiser encarar tantas escadas, volte para o carro após passar pelo Pallete Spring e dirija até o estacionamento das Upper Terraces, que fica ali pertinho. Ali, dá para descer até as plataformas (como a do Overlook) e, também, circular de carro por uma área com lindas formações geográficas.
Achei curioso o fato de que, no mapa do GPS, esta região é retratada como água, como se fosse um grande lago, mas não se avista uma gota pela frente. Imagino que esteja tudo por debaixo dos terraços esculpidos.
Foi no Blacktail Plateau que avistei o único urso preto que vi de pertinho em Yellowstone. A região é apinhada de árvores e ele estava em uma delas, bem ao lado da estrada. Tinha uma galera estacionada e fotografando, com um ranger orientando tudo e garantido a segurança geral.
Na prática, você passará pelo Blacktail Plateau simplesmente ao dirigir na parte norte da Grand Loop Rd (o "8"). Fique de olho na paisagem e nas movimentações, pois é comum avistar animais selvagens por lá.
Caso tenha tempo, dá para encarar a Blacktail Plateau Drive, estrada secundária de 16 km, que oferece uma experiência mais tranquila e isolada em Yellowstone. Como ela serpenteia o bosque, a chance de avistar bisões e alces por lá, por exemplo, é boa.
O Lamar Valley é o lugar em que você, provavelmente, mais verá animais em Yellowstone. Ele é o único ponto turístico da minha seleção de atrações que fica fora do "8", mas o acesso é simples, por uma estrada secundária que parte dos arredores do Roosevelt Lodge Cabins e segue para a região nordeste do parque.
Ao dirigir por lá, você cruzará um vale verdejante maravilhoso, com muitas áreas alagadas e diversos morros nos arredores. Eu fui duas vezes até lá em quatro dias, de tanto que gostei.
Logo na primeira vi um alce e diversos bisões (eles surgem aos montes, inclusive na estrada), veados e cervos, sem contar raposas, cabras e diversos pássaros. A todo momento, havia aglomerações de carros nas laterais da estrada. Em uma delas, um turista solícito me emprestou um binóculo poderoso, com o qual pude avistar, bem de longe, uma mamãe urso com dois filhotes. Eram grizzlies. Foram os primeiros que vi no parque, muito emocionante.
Conhecida como o “Serengeti da América”, o Lamar Valley tem vários pontos com maior incidência de animais, embora eles possam aparecer a qualquer momento. Indico ao menos passar por Lamar River, Soda Butte, Soda Butte Creek e Slough Creek (esta última é uma estradinha que sai da principal e leva a um camping e diversas trilhas.
Com uma queda de 40 metros, a Tower Fall é uma das cachoeiras mais populares de Yellowstone. Ela fica pertinho da Tower-Roosevelt Junction, no nordeste do parque, e o principal mirante tem acesso fácil a partir da Grand Loop Rd.
Uma vez na plataforma de observação, repare que as rochas ao redor da queda d'água lembram torres. É daí que vem o nome Tower Fall.
O Grand Canyon de Yellowstone é uma baita atração, que não pode ficar de fora do seu roteiro. Marcado por rochas amareladas, o cânion tem mais de 39 km de extensão, até 1,2 km de largura e, em algumas partes, chega a 365 m de profundidade.
Ao longo dele, há muitas trilhas e mirantes, dos quais dá para avistar cachoeiras.
A melhor plataforma de observação é a Artist Point, no South Rim, que oferece uma vista excepcional do cânion e das famosas Lower Falls. Dá para passar horas por lá, olhando para todos os lados.
Outros pontos de interesse acessíveis de carro são o Inspiration Point e o Brink of the Upper Falls. Eu fui neste último e recomendo bastante. Você chega bem perto de outras quedas d'água, as Upper Falls, e as avista do alto, após atravessar uma ponte sobre um pequeno rio.
Situada na região centro-leste do parque, o Hayden Valley é mais um local privilegiado para observar a vida selvagem, especialmente os bisões que frequentemente e pastam nas planícies. Ali também é possível avistar ursos, alces e uma grande variedade de aves aquáticas, pois há muitas áreas verdes alagadas.
A vista panorâmica do vale, com o Rio Yellowstone o serpenteando, é de tirar o fôlego. Fique atento à movimentação e esteja sempre alerta com a presença de animais.
Se você pular o Sulphur Caldron, não tem problema, mas como é muito rápido passar por lá, ele entrou nesta lista. Trata-se de uma das áreas mais ácidas e ferventes de Yellowstone, com piscinas de lama e fontes termais borbulhantes que emitem gases de enxofre.
A paisagem parece de outro planeta, com vapores sulfúricos e formações de lama em constante mudança. Eu não dava nada, mas me diverti.
Com 352 km², o Yellowstone Lake é o maior lago de água doce acima de 2.100 metros da América do Norte. Rodeado por montanhas (que ficam cobertas de neve até o início do verão) e florestas, o lago oferece uma paisagem serena e é popular para atividades como pesca, caiaque e passeios de barco.
Uma das melhores bases para observá-lo é o lodge Lake Yellowstone. Eu gostei de ir até lá, porque o local é bem bonito e conta com restaurante, lojinha e posto de gasolina.
A West Thumb Geyser Basin é uma área localizada na margem oeste do Yellowstone Lake. O local é dono de um cenário lindíssimo, marcado por gêiseres e piscinas de águas termais ferventes, que se descortinam ao lado das águas frias do lago (algumas chegam a se misturar).
As principais atrações locais são a Abyss Pool, a Black Pool e o Fishing Cone. Ao fazer as trilhas, você passará por cada uma delas e ficará de queixo caído.
Esta é mais uma atração que dá para passar, caso não dê tempo, mas achei bem legal. As Kepler Cascades são uma série de quedas d'água situadas no Rio Firehole, com um total de 45 metros de cursos que passam por vários níveis.
Dizem que a vista das cascatas é especialmente bonita durante o outono, quando as folhas das árvores ao redor mudam de cor. Fiquei com vontade de voltar.
O Yellowstone National Park não é o melhor lugar do mundo para comer. Nas cinco bases do parque onde ficam os lodges, há restaurantes, lanchonetes e cafés. Alguns são mais chiques, mas não empolgam muito. Vivem cheios, com longo tempo de espera no verão, e os preços são altos, de forma geral.
As refeições mais típicas são sanduíches, como hambúrgueres e hot-dogs, e pratos mais elaborados preparados com carne de bisão e trutas. Aqui ou ali, quebram o galho, mas uma boa dica é levar lances prontos para o parque, com produtos adquiridos nas cidades nos arredores,. Assim, você pode coemr no carro e ganhar tempo.
É preciso tomar cuidado apenas com o lixo, que deve permanecer sempre dentro do veículo fechado quando estiver parado, para não atrair animais. Sempre que der, dispense-o nas lixeiras adequadas espalhadas pela região.
Fora de Yellowstone, eu jantei em dois restaurantes de West Yellowstone, o Madison Crossing Lounge, mais chique, onde provei uma truta gostosinha, e o italiano Petes Rocky Mountain Pizza, que serviu um espaguete à bolonhesa nota 6.
Bozeman, por sua vez, tem uma oferta gastronômica melhor – mesmo porque a cidade é universitária e o centrinho é muito charmoso. Fui à noite a um bar de cervejas bem legal, o Shine Beers. que tem uma baita atmosfera e um restaurante anexo que serve bowls e pratos mexicanos.
No dia seguinte, saboreei um café da manhã bem americanão no divertido Western Cafe, restaurante com decoração tradicional e que remete ao Velho Oeste. Fui muito bem atendido por lá.
Acabou não dando tempo de conferir, mas a galera de Bozeman me indicou outros locais: os restaurantes chiques est.1864 Noir Bar & Restaurant e Brigade, e o restô-bar cervejeiro Montana Ale Works. Se você for a algum deles, me conte se é bom.
Separei aqui algumas dicas essenciais na hora de visitar Yellowstone. Todas são importantes para valer e fazem diferença durante o roteiro. Confira:
Caso um urso se aproxime de você em uma trilha ou mesmo em um local imprevisto, adote os seguintes procedimentos:
Quando planejo minhas viagens para os EUA, sobretudo para parque nacionais, como Yellowstone, recorro a uma série de ferramentas de auxílio antes mesmo de fazer as malas. Assim, consigo comprar passagens aéreas mais baratas, alugar carros e reservar hotéis, bem como passeios, transfers e ingressos para atrações, com mais segurança e pagando menos.
É imprescindível também fazer um seguro viagem e comprar um chip de internet. Assim, você evita os gastos absurdos cobrados com saúde no país, caso algo fuja do previsto, e consegue usar internet ou telefone para se comunicar com quem está no Brasil, checar e-mails, postar fotos no Instagram, usar o WhatsApp e tudo mais.
De quebra, vale a pena comprar um pouco de dinheiro do país que você visitará. Pode ser em espécie ou em cartão, mas não viaje sem nada.
Já fez a reserva da passagem aérea?
Para não ficar perdendo tempo entrando em um monte de site de companhia aérea, uso a plataforma Vai de Promo na hora de comprar passagens. Gosto dela pelo fato de indicar as principais rotas disponíveis e listar, de forma automática, os melhores preços.
Onde ver preços: Vai de Promo
Sabe onde ficará hospedado?
Uma boa dica para encontrar hotéis e consultar avaliações de quem já foi é usar o Booking.com. O site tem sempre boas ofertas e permite fazer reservas de forma prática e rápida. Eu indico, sobretudo, hotéis, pousadas e casas de aluguel que permitem pagamento apenas na chegada ao destino.
Onde ver preços e avaliações: Booking.com
Já garantiu o seguro viagem?
Indico de longe a plataforma da Seguros Promo, um metabuscador que vasculha as principais seguradoras de viagem do Brasil em busca dos melhores preços, sem que você precise ficar entrando no site de cada uma delas. Assim, dá para economizar e ainda ganhar um tempão. Use o cupom abaixo para garantir descontos.
Onde consultar: Seguros Promo (cupom ROTADEFERIAS15 para 15% de desconto)
Pediu o chip viagem ou eSim para usar internet ilimitada?
Jamais deixo de adquirir um eSim ou chip viagem internacional, que permite acesso à internet durante o passeio. O custo proporcional à viagem é superbaixo, e o serviço, ótimo. Testei várias opções e costumo usar os chips da Seguros Promo, que têm ótimo atendimento e nunca me deixam na mão. Vale a pena consultar também as ofertas da America Chip. Ambos, inclusive, têm planos de eSim.
Onde pedir: Seguros Promo (cupom ROTADEFERIAS15 para 15% de desconto) e America Chip (cupom ROTADEFERIAS para 10% de desconto).
Vai alugar carro? Reserve com antecedência
Se a ideia é alugar carro para explorar em Yellowstone, a dica é sempre fazer reserva com antecedência. Sugiro o comparador online da Mobility que, com uma única pesquisa, exibe os melhores valores de locadoras confiáveis. Vale a pena.
Onde reservar: Mobility
Precisa comprar dólar, euro ou outra moeda? Cote aqui
Nunca viajo sem ao menos um pouco de dinheiro do país para o qual estou indo, seja em espécie, seja em cartão. Minha dica para comprar moeda estrangeira é a Confidence, pois eles são uma das casas de câmbio mais respeitadas do mercado. Eu gosto muito do fato de eles fazerem delivery e entregarem tudo em casa, mas também dá para ir buscar nas lojas físicas. Tem várias disponíveis no Brasil.
Onde cotar: Confidence
Reservou os ingressos das atrações?
Não tem nada mais frustrante do que viajar e não conseguir entrar numa atração por falta de reserva. Por isso, ao definir meus roteiros, garanto tudo com antecedência. Existem ótimos serviços com tours guiados em Yellowstone, como GetYourGuide e Civitatis, que oferecem até mesmo transfers.
Onde reservar: GetYourGuide e Civitatis